É difícil aceitar que a homossexualidade de alguns incomode tanto o deputado João Campos a ponto de ele dedicar meses de trabalho para legislar sobre um órgão ao qual não compete ao estado legislar. E porquê? Dizer que pessoas aflitas e que precisam de tratamento psicológico não estão sendo atendidas devido a resolução do Conselho Federal de Psicologia é uma mentira, pois psicólogo nenhum nega consultar pacientes homossexuais.
Como a homossexualidade não é considerada doença, mas uma orientação sexual assim como a heterossexualidade, ela nunca será tratada como algo reversível ou curável pela psicologia. Aliás, a Organização Mundial de Saúde não considera a homossexualidade uma doença há anos.
Outro absurdo é o fato de pessoas que não tem a mínima formação em psicologia quererem mudar as práticas dessa ciência e profissão. Para mim, é o mesmo que criar um projeto que cancele a lei da gravidade na física e obrigue professores a não ensiná-la na escola.
Hoje li no Mix Brasil que o relator do projeto, o deputado federal Roberto Lucena, deu parecer favorável para que a "cura" da homossexualidade continue tramitando no congresso. Ou seja, ele a considerou constitucional. Se esse projeto for aprovado me perguntarei sobre a formação, inteligência e coerência de cada deputado e senador desse nosso país.
Por fim, cito o documentário This Is What Love In Action Looks Like, que conta a histórias de vários adolescentes mandados pelos pais para um acampamento religioso que prometia curá-los da homossexualidade. E também deixo o vídeo da fala de Jean Wyllys na audiência pública sobre o projeto de "cura." Ficamos na torcida pela tolerância e inteligência do nosso congresso.
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